O governo federal detalhou o bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento deste ano, que têm impacto direto em 13 ministérios. O anúncio do contingenciamento foi feito ainda na semana passada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, mas o detalhamento da restrição orçamentária foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite de quinta-feira (28).
A medida, segundo o governo federal, é necessária para evitar um estouro no limite de despesas da União em função do novo arcabouço fiscal. Os ministérios mais impactados foram: Cidades, com bloqueio de R$ 741,5 milhões; Transportes, com restrição de R$ 679 milhões; Defesa com R$ 446,5 milhões e Desenvolvimento Social teve contingenciamento de R$ 281 milhões.
Respectivamente, as quatro pastas que tiveram maior bloqueio são comandadas pelos ministros Jader Filho; Renan Filho; José Múcio Monteiro; e Wellington Dias.
O ministério da Saúde e da Educação foram preservados, assim como as emendas parlamentares. A limitação de gastos é voltada apenas para verbas discricionárias, ou seja, os gastos não obrigatórios. Dessa forma, na prática, o bloqueio restringe gastos com investimento e custeio dos ministérios.
Veja a lista dos 13 ministérios que tiveram limitação de gastos
Ministério das Cidades: R$ 741.470.014,00
Ministério dos Transportes: R$ 678.972.542,00
Ministério da Defesa: R$ 446.481.944,00
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 281.688.608,00
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 179.792.729,00
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 118.795.196,00
Ministério da Agricultura e Pecuária: R$ 105.495.733,00
Ministério da Fazenda: R$ 94.396.183,00
Ministério das Relações Exteriores: R$ 69.297.198,00
Ministério da Justiça e Segurança Pública: R$ 65.597.347,00
Ministério de Portos e Aeroportos: R$ 52.297.885,00
Ministério do Planejamento e Orçamento: R$ 37.098.500,00
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos: R$ 36.298.532,00
O novo marco fiscal, aplicado a partir deste ano, prevê que a cada bimestre, o governo deve fazer uma avaliação das despesas e receitas federais e decidir se é necessário bloquear verbas para cumprir a meta fiscal daquele ano. Para 2024, o Ministério da Fazenda traçou a meta de zerar o déficit público, objetivo considerado difícil de ser alcançado.