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Operação mira 116 membros do PCC que planejavam matar policial em MG

São cumpridos 116 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão; operação é realizada nas cidades de Ituiutaba, Tupaciguara e Uberlândia


Publicado em Abril 18, 2024 por Michel Nascimento

 

Integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) são alvos de uma operação na manhã desta quinta-feira (18 de abril) nas cidades de Ituiutaba, Tupaciguara e Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro. Ao todo, são cumpridos 116 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. A operação é realizada pelo Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

De acordo com o Gaeco, os investigados são denunciados pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e tráfico ilícito de entorpecentes, além de levarem aparelhos celulares para o sistema prisional. A investigação teve início depois da apreensão de várias porções de drogas e quatro celulares no interior da ala E, do Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia. No espaço, parte da facção criminosa PCC, que está detida, teria recebido o material.

O grupo, segundo a investigação, tinha o objetivo de matar um policial penal do presídio. Com os investigados, as equipes apreenderam “diversas anotações contendo cadastro de presos faccionados e levantamento dos setores que a facção criminosa comandava dentro do presídio, como venda de drogas, aluguel de quadra de futebol, apostas de partidas de futebol entre outros”.

Os materiais teriam sido levados com facilidade para o presídio já que o equipamento body scan estava com defeito. A tecnologia detecta objetos suspeitos, como celulares, na roupa ou até mesmo dentro do corpo da pessoa que terá contato com o detento.

“As investigações apontam que o entorpecente é utilizado no interior do presídio como moeda, uma espécie de câmbio local, o que se verifica em todas as frentes de atuação do “comando”. Assim toda dívida criada pelo comando era convertida primeiro em droga e, após, em moeda real”, informou o Gaeco.

A investigação também apontou que os investigados mantêm contato com outros integrantes da organização criminosa que permanecem soltos. Estes integrantes cumprem ordens para a prática de crimes e movimentação de valores em prol do PCC.

Equipe mobilizada

A operação realizada nesta quinta-feira (18) reúne quatro promotores de Justiça, dois delegados da Polícia Civil e 20 policiais, além de 30 policiais militares e 21 agentes do Gaeco. Os trabalhos contam com o apoio da Polícia Penal. Um helicóptero e 27 viaturas também foram mobilizados.



Reprodução   /    Redação