O Brasil é um lugar difícil para os estrangeiros fazerem negócios, mas, na avaliação de analistas do BTG Pactual, os sites chineses Shein e Shopee conseguiram incorporar estratégias locais de varejo que trouxeram resultados persistentes.
O banco de investimentos calcula que a receita bruta com vendas online (GMV, na sigla em inglês) da Shein ultrapassou R$ 15 bilhões no Brasil no ano passado, enquanto a da Shoppe alcançou cerca de R$ 20 bilhões.
“Como Shopee e Shein adotaram um gosto local, testando lojas pop-up [abertura de unidades temporárias] e estratégias de marketing locais, além de atrair vendedores locais, o ímpeto delas deve persistir”, disseram os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima em relatório do BTG.
Somente o faturamento da Shein no país é mais que o dobro da soma do GMV de grandes companhias brasileiras de moda, como C&A (R$ 1,4 bilhão), Renner (R$ 2,2 bilhões), Arezzo (R$ 1,4 bilhão) e Hering (R$ 300 milhões).
Em 2022, o BTG estima que a Shein faturou R$ 7 bilhões no Brasil. Se os números estiverem corretos, a varejista chinesa cresceu 114% em um ano no país.