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Voluntários de Minas Gerais enviam 50 toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul

Doações estão sendo recebidas no aeroporto da Pampulha e encaminhadas via terrestre e aérea por avião da FAB


Publicado em Maio 9, 2024 por Michel Nascimento

Recebe pela direita, entrega pela esquerda. De mãos em mãos, numa sincronia ininterrupta, milhares de fardos de água mineral saem do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e vão direto para o interior de uma carreta. Em breve, este material e vários outros doados nos últimos dias, seguirão para o Rio Grande do Sul, como forma de ajuda às vítimas da tragédia.

Os movimentos coordenados são feitos por militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que integram a Fundação Salvar, e por outras dezenas de pessoas comuns que querem prestar solidariedade ao povo gaúcho, seja doando, separando ou carregando as 50 toneladas de donativos arrecadadas apenas nas últimas 24 horas pelo projeto.

“Este é o marco inicial desta ação que não tem prazo para terminar. Recebemos muitas doações e vamos continuar recebendo para ajudar aquele povo no que for preciso”, disse a presidente da instituição, major Adriana Souza.

Segundo ela, desde o domingo (5) o terminal cedeu o espaço para armazenar as doações que não param de chegar. “São alimentos não perecíveis, roupas, itens de higiene pessoal, material de limpeza e também doações em dinheiro, por Pix. Toda ajuda é bem-vinda”, acrescentou.

A Fundação Salvar é uma instituição ligada ao Corpo de Bombeiros, sem fins lucrativos. O trabalho conta com apoio tanto dos voluntários da academia, quanto de membros do setor privado e da sociedade civil.

“Todo material recebido passa por uma triagem, é separado e embalado para chegar ao destino da melhor maneira possível. Além dessa carreta, que é uma doação de uma empresa, temos também o transporte dos donativos feitos por um avião da Força Área Brasileira (Fab)”, disse a major.

A professora Carol Aleixo, que mora no bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte, deixou os filhos na escola e atravessou a cidade para doar o que ela tem de sobra: boa vontade. “A gente tem visto nos noticiários a situação no Rio Grande do Sul. Não tem como só assistir e ficar sem fazer nada. Nossos compromissos, podem ficar para depois. Eu queria muito fazer alguma coisa e tenho visto, que aqui, realmente acontece a multiplicação dos pães, cada um fazendo sua parte e deixando o trabalho grandioso”, afirma.

Em meio aos donativos, um pequeno par de mãos se destaca no trabalho social. De forma ligeira, a escoteira mirim Helena Cintra, de 9 anos, tem desempenhado um papel fundamental na ação.

“Estou abrindo as caixas de papelão que vão receber as doações”, explicou.

Mesmo com pouca idade, a criança tem ciência do que está acontecendo no estado gaúcho e, o mais importante, tem consciência sobre a necessidade de ajudar.

“A gente tem que fazer nossa parte, se cada um fizer, vai ajudar muito”, pontuou.

As doações podem ser feitas de 8h as 21h, no saguão do aeroporto da Pampulha. As doações em Pix podem feitas pelo e-mail: fundacaosalvar.projetos@gmail.com.



Reprodução   /    Redação