Em discurso de posse, a nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, pregou contra o “algoritmo do ódio” e o medo nas eleições de 2024.
Um dos principais desafios da magistrada será o de lidar com a popularização de ferramentas de inteligência artificial (IA) para espalhar desinformação eleitoral.
Em uma fala cheia de críticas ao que chamou de mau uso das plataformas, a magistrada, que assume o posto de Alexandre de Moraes na Corte, defendeu o exercício “responsável” das liberdades para fortalecer a democracia.
“O que distingue esse momento da história de todos os outros é o ódio e a violência agora usados como instrumentos por antidemocratas para garrotear a liberdade, contaminar escolhas e aproveitar-se do medo como vírus e adoecer pela desconfiança cidadãs e cidadãos”, afirmou, no final da cerimônia de posse
Cármen Lúcia disse que as “mentiras que nas redes sociais se maquinam” atuam “enricando seus donos” e “dificultando as ações responsáveis das pessoas”
A mentira espalhada pelos poderosos ecossistemas das plataformas é um desaforo tirânico contra a integridade das democracias. Um instrumento de covardes e egoístas. Segundo a presidente do TSE, “se não rompermos o cativeiro digital, chegará o dia em que as próprias mentiras nos matarão”. “E é pelas liberdades como antídoto, contra medos, mentiras e a falsidade que fomenta ódio e produzem diferenças que a democracia há de ser buscada”, disse.