Salário de servidores da saúde segue em risco após impasse entre governos Lula e Zema
Governo mineiro cobra R$ 4,8 milhões em repasses da União e afirma que pode pagar apenas 86% do salário de alguns servidores
O governo mineiro divulgou, nesta sexta-feira (31 de janeiro), um novo aviso ao governo federal dizendo que “segue contestando” a ausência no repasse de cerca de R$ 4,8 milhões de verba enviada pelo Ministério da Saúde ao Estado para o pagamento do piso da enfermagem. Por causa disso, salários de servidores da saúde em Minas Gerais poderão ter reduções em seus salários e receber apenas 86% do valor total, diz a gestão de Romeu Zema (Novo).
“A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que segue contestando a ausência no repasse de cerca de R$ 4,8 milhões de verba enviada pelo Ministério da Saúde ao Estado para o pagamento do piso da enfermagem. Já foi enviada uma notificação ao Ministério e espera-se que uma reunião em Brasília ocorra nos próximos dias para a solução imediata da divergência de cálculo e repasse da verba”, diz comunicado do governo de Minas.
Quando o governo mineiro fez o primeiro alerta sobre o assunto, na terça-feira (28 de janeiro), o Ministério da Saúde respondeu afirmando que todos os repasses estavam em dia e rejeitando a cobrança feita pela gestão do governador Romeu Zema (Novo).
“O último repasse realizado, referente a dezembro de 2024, foi de R$ 5.030.084,88, feito de forma integral, possibilitando o devido pagamento de suas trabalhadoras da enfermagem para o referido mês.
Acertos de contas anteriores foram decorrentes de resoluções da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do próprio estado com os municípios, nos anos de 2023 e 2024, referente aos valores a mais que o estado recebeu e que eram devidos aos municípios”, disse o ministério do governo Lula.