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MINAS GERAIS: Domingos Sávio e Eros Biondini são cotados para o Senado, mas PL deve lançar apenas um candidato



Partido calcula fortalecimento da direita em Minas Gerais nas próximas eleições e articula frente ampla com partidos do Centrão.


Publicado em Março 6, 2025 por Redação Pontal

A orientação geral de Jair Bolsonaro para os diretórios do Partido Liberal, de olho nas eleições, é concentrar esforços para ampliar a bancada no Senado Federal, hoje com 14 senadores. A um ano e oito meses da corrida, o partido analisa internamente as opções para se lançar à disputa, e na bancada de Minas Gerais dois nomes se apresentaram.Os deputados Domingos Sávio (PL-MG) e Eros Biondini (PL-MG), que não escondem o interesse em atravessar o corredor do Congresso Nacional, se despedindo da Câmara para dar início a um mandato de oito anos no Senado.

O único obstáculo para eles é a pretensão do próprio partido para a eleição. A sigla presidida por Valdemar Costa Neto articula, hoje, a possibilidade de construir uma chapa ampla com legendas do Centrão para concorrer ao Senado — e ao Governo de Minas Gerais. A movimentação colabora para o PL lançar apenas um candidato próprio para concorrer às duas vagas que Minas terá em 2026.

“Quando você trata de alianças, é importante ouvir e valorizar os aliados. A legislação nos permite lançar dois e até três candidatos ao Senado. Tudo depende dos acordos que ocorrerem. O PL pode, no diálogo, ter que lançar um só”, analisa Domingos Sávio, também presidente do partido no Estado.

O deputado admite o desejo de concorrer ao Senado, mas avalia que as costuras do partido predominam sobre projetos pessoais. “Quando você é deputado, como eu, como o Eros, você tem o direito natural de concorrer à reeleição. Só depende de você. Agora, uma candidatura majoritária… Temos que ouvir o grupo”, avaliou.

Biondini é ainda mais enfático em relação às articulações da bancada para a eleição. “Eu não imagino que o PL lançará dois candidatos pelo partido. É um processo natural de articulação, e é longo até chegar a uma definição”, pontua. A perspectiva é que as resoluções do PL aconteçam a partir de agosto, e que o partido se dedique à construção de acordos e de laços com outras siglas neste primeiro semestre. Costuras com partidos como União Brasil, Republicanos e PP são cogitadas, segundo antecipou Domingos Sávio.

Os deputados agem com cordialidade em relação à definição do partido, que deverá preterir um para lançar o outro na corrida pelo Senado Federal. Nos próximos meses, alguns nomes serão apresentados a partir dos trackings do partido — são aquelas pesquisas de opinião encomendadas pela própria legenda para avaliar o humor do público em relação aos possíveis candidatos. Internamente, membros da bancada avaliam que o presidente do partido em Minas Gerais, Domingos, pode despontar melhor nesses levantamentos que Biondini, e a relação com os prefeitos e com o agronegócio pode impulsionar a candidatura dele.

Eros Biondini reúne, entretanto, o apoio das bancadas católica e evangélica, que contribuiriam para engrossar a base eleitoral dele. Na última eleição, Domingos Sávio alcançou um contingente de 90 mil votos. O resultado de Biondini foi próximo, ele acumulou 77,9 mil.

A opinião de Jair Bolsonaro será decisiva para a definição de quem concorrerá pelo PL, em Minas Gerais, ao Senado Federal. No mês passado, o ex-presidente sugeriu que o carioca Paulo Guedes, ministro da Economia durante sua gestão, disputasse o cargo por MG — Guedes, entretanto, rejeitou a possibilidade.



Reprodução   /    Redação