Gilmar Machado, ex-prefeito de Uberlândia, junto a outros dois réus, foram condenados a pagar uma multa milionária devido a desvio de pagamentos de empréstimos pelo DMAE. Além dele, o ex-diretor geral da autarquia e o ex-secretário de finanças da cidade também foram condenados a arcar com a mesma multa.

A decisão foi proferida pela 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Uberlândia. A ação, movida pelo Ministério Público de Minas Gerais, refere-se ao desvio de pagamentos de dois financiamentos realizados pelo município e pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) junto ao BNDES.

Segundo o MP, o DMAE deveria repassar dinheiro à prefeitura para o pagamento das parcelas dos empréstimos. No entanto, parte desse valor foi utilizado para despesas correntes, causando prejuízo e incidência de juros na dívida.

A justiça entendeu que os três réus influenciaram no desvio irregular de verba pública. Orlando De Resende, como diretor do DMAE, deveria fiscalizar a destinação dos recursos repassados ao município, enquanto Carlos José Diniz e Gilmar Machado deixaram de empregar o dinheiro recebido pelo DMAE para sua finalidade correta, desviando-o para pagamento de despesas de Uberlândia.

O ex-prefeito de Uberlândia, junto aos outros dois réus, foram condenados a pagar multa civil imposta de R$ 8.639.766,07, valor que deverá ser corrigido monetariamente a partir de 29/06/2018 e revertido para o DMAE.