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Policiais penais de MG ameaçam greve caso não haja recomposição salarial



Embora o exercício do direito à greve seja vedado aos servidores públicos da segurança, o Sindppen-MG afirmou que pode recorrer à medida.


Publicado em Abril 22, 2025 por Redação Pontal

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG) afirmou que pode paralisar as atividades caso não haja uma conciliação com o governo do Estado em relação ao pedido de recomposição salarial.

Embora o exercício do direito à greve seja vedado aos servidores públicos da segurança, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o Sindppen-MG garantiu que pode recorrer à medida “como forma de protesto e defesa da dignidade da categoria”.

Segundo o sindicato, o salário estaria defasado em 44,9% — a remuneração inicial atualmente paga é de R$ 5.332,63.

“Não estamos pedindo um aumento real, mas a recomposição das perdas inflacionárias que tivemos ao longo dos anos. Só que o governo já afirmou que não irá pagar essas perdas neste ano, alegando não ter recursos em caixa.

Sabemos que isso não é verdade. A sensação que temos é de que o governador não gosta do servidor público.

Estamos dando nossas vidas, ganhando pouco, e eles acham que recebemos muito”, disse o presidente do Sindppen-MG, Jean Otoni.

Em caso de paralisação da categoria, as visitas aos detentos podem ser suspensas nos presídios do Estado. Além disso, os atendimentos internos devem ser limitados, afetando também os serviços administrativos dessas unidades prisionais.

Conforme comunicado publicado pelo Sindppen-MG, a possível paralisação não seria “culpa dos trabalhadores da Polícia Penal”, mas sim consequência da “omissão do Governo de Minas”.

“Nós vamos tentar, ao máximo, fazer com que os órgãos públicos nos escutem. Já tivemos audiências na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e vamos acionar o Tribunal de Justiça de MG (TJMG) para que essa conciliação possa ocorrer.

Vamos tentar todos os meios até esgotarem as chances de greve. Mas, se o governador mantiver a mesma postura, sem buscar conciliação, este será o caminho”, afirmou Otoni.

Por meio de nota, o TJMG informou que acompanha a reivindicação e que o processo tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte.

Procurado pela reportagem de O TEMPO sobre os pedidos dos representantes sindicais e a possibilidade de greve, o governo de Minas não se manifestou. A matéria será atualizada com o posicionamento.



Reprodução   /    Redação