A Prefeitura de Uberlândia decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de doenças infecciosas virais por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A medida assinada pelo prefeito Paulo Sérgio foi publicada em edição do Diário Oficial do Município (DOM) nesta terça-feira (6).
O decreto é válido por 180 dias, podendo ser prorrogado caso a situação continue.
De acordo com o decreto, Uberlândia teve aumento de quase 90% nas internações por SRAG não-Covid em abril, passando de 35 casos no dia 1° para 63 casos no dia 27.
A maior parte dos casos são registrados em crianças.
Segundo os dados da Prefeitura, houve aumento no número de internações a partir da segunda quinzena de abril, com sucessivos aumentos diários e média superior a 50 casos por dia nos últimos dez dias do mês.
Com o decreto de situação de emergência em saúde pública, é possível realizar ações imediatas e coordenadas em vigilância, assistência e controle de surtos, reforçar a estrutura hospitalar e a oferta de leitos de internação e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Além disso, permite a ampliação da testagem e diagnóstico rápido para agentes respiratórios, autoriza contratações emergenciais de pessoal e aquisição de insumos e equipamentos sem a necessidade de licitação.
Dos pacientes internados com síndrome respiratória em 2025 em Uberlândia, 23 foram diagnosticados com o vírus influenza (gripe), e, entre eles, 13 também desenvolveram pneumonia.
Ainda conforme a Prefeitura de Uberlândia, é importante que a população faça a imunização contras as doenças durante a campanha.
Veja abaixo a situação nas principais cidades da região.
Uberlândia: 1.285 internações
Araguari: 216 internações
Araxá: 136 internações
Uberaba: 3 internações
Patos de Minas: 149 internações
Internações no Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de MG
As regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas somam mais de 3.600 internações por SRAG em 2025.
Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), as regionais de Saúde também já registraram pelo menos 55 mortes causadas por síndromes respiratórias.
Crianças e idosos são os pacientes mais afetados pelas internações por SRAG, enquanto a maioria das mortes ocorre entre idosos de 80 a 89 anos.
Segundo os dados públicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), considerando as três macrorregiões de saúde pública, são 3.605 pacientes com SRAG hospitalizados até o início deste mês. Desses, 12% das internações são de bebês com até 1 ano de idade e mais da metade (54%) idosos.
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Redação