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Aluno de escola estadual em MG tem caderno rabiscado por colega com ofensas racistas: ‘macaco’



Família procurou a polícia para denunciar caso de injúria racial em Uberaba. Secretaria de Educação disse que 'providências foram prontamente adotadas' pela direção escolar.


Publicado em Maio 15, 2025 por Redação Pontal

A família de um aluno da Escola Estadual Castelo Branco, em Uberaba, procurou a polícia após o estudante ser vítima de injúria racial dentro da sala de aula. Segundo a advogada Ivanda Nivaldete Vieira da Cruz, o menino de 12 anos teve o caderno rabiscado com ofensas racistas como “macaco” e “negro”.

A prática teria sido cometida por um colega de classe.

O caso ocorreu na última quinta-feira (7) e a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) informou ao g1 que todas as providências foram adotadas pela direção da escola, incluindo a convocação dos pais dos alunos envolvidos para uma reunião junto ao Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE).

Veja a íntegra da nota no fim da reportagem.

Segundo a advogada da família, os episódios de ofensa começaram quando um colega da mesma turma, do 7º ano do Ensino Fundamental, chamou a vítima de “preto”, “macaco” e imitou gestos animalescos, como bater no peito com os punhos fechados.

Em seguida, utilizando tinta, a criança olhou para outra e disse que precisaria de tinta preta por causa do colega. Nervoso, o aluno ofendido reagiu chamando o colega de “orelhudo”, momento em que foi repreendido pelo professor, que, de acordo com a família, não havia presenciado as ofensas anteriores de cunho discriminatório.

Aluno já vinha sendo alvo de discriminação, diz advogada

Após o ocorrido, a vítima encontrou seu caderno rabiscado com desenhos e ofensas racistas.

A advogada ressaltou que o menino já havia sido alvo de discriminação outras vezes na sala de aula.

“Já vinha sofrendo há um tempo, mas limitava a reclamar com os professores, que até então nada haviam feito. Por último, aconteceu isso”, informou Ivanda, que atua no caso em colaboração com o Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial (Compir).

A família registrou boletim de ocorrência e segue em busca de justiça para que seja aplicada, efetivamente, a lei federal 10.639/2003 em todas as escolas mineiras, como forma de proteger crianças contra crimes de racismo e injúria racial.



Reprodução   /    Redação