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Anvisa aprova registro de vacina contra chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan



Produzido em parceria com a farmacêutica Valneva, este é o primeiro imunizante autorizado contra a doença no país. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.


Publicado em Abril 14, 2025 por Redação Pontal

A Anvisa aprovou o pedido de registro definitivo da vacina contra chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan em São Paulo, em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (14).

Com a aprovação, o imunizante está autorizado a ser aplicado no país na população acima de 18 anos.

Esta é a primeira vacina autorizada contra a doença, que pode causar dor crônica nas articulações e afetou 620 mil pessoas no mundo só em 2024. Os países com mais casos da doença são Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.

O pedido de registro definitivo foi enviado à Anvisa em dezembro de 2023. No mesmo ano, a vacina foi aprovada pela agência regulatória norte-americana Food and Drug Administration (FDA).

Estudo clínico

Publicado na The Lancet Infectious Diseases em setembro de 2024, no estudo clínico de fase 3 feito com adolescentes brasileiros após uma dose da vacina, foi observada presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntários com infecção prévia e em 98,8% daqueles sem contato anterior com o vírus.

A proteção foi mantida em 99,1% dos jovens após seis meses. A maioria dos eventos adversos registrados após a vacinação foi leve ou moderada, sendo os mais relatados dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre.

Próximos passos

Para que a vacina chegue aos braços da população, alguns passos ainda devem ser cumpridos. Segundo o Governo de São Paulo, o Instituto Butantan está trabalhando em uma versão como parte do processo realizado no Brasil.

As modificações usam componentes nacionais e serão mais adequadas à incorporação pelo SUS, pendente de análise pela CONITEC, Programa Nacional de Imunizações e demais autoridades de saúde.

“A partir da aprovação pelo CONITEC, a vacina poderá ser fornecida estrategicamente.

No caso da chikungunya, é possível que o plano do ministério seja vacinar primeiro os residentes de regiões endêmicas, ou seja, que concentram mais casos”, afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.



Reprodução   /    Redação