Engler quer título de cidadão honorário de Minas Gerais para Frei Gilson
O clérigo da comunidade Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo foi pivô de um embate entre progressistas e conservadores há cerca de um mês.
Pivô de um recente embate entre progressistas e conservadores, o clérigo Gilson da Silva Pupo Azevedo, 38 anos, conhecido como Frei Gilson, pode ser agraciado com a cidadania honorária de Minas Gerais.
O título foi proposto à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pelo deputado estadual Bruno Engler (PL).
Engler defende a graça a Frei Gilson “pelo brilhante trabalho de evangelização, que resultou na conversão e na mudança de vida de inúmeros cidadãos mineiros”.
Com 7,5 milhões de seguidores no YouTube, o sacerdote, que é membro da comunidade Irmãos Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, é popular por celebrar missas remotas todas as sextas-feiras, às 4h.
Em março, Frei Gilson foi alvo de críticas de progressistas ao citar um versículo do Livro de Gênesis para criticar o “empoderamento” de mulheres. “Portanto, eu já começo a falar: a guerra dos sexos é ideologia pura, é diabólica.
Para curar a solidão do homem, Deus fez você (mulher). Ela nasceu para auxiliar o homem”, disse, próximo ao Dia Internacional da Mulher.
À época, o próprio Engler defendeu o clérigo. “Os cachorros latem, mas a caravana não para. Siga firme em sua missão, Frei Gilson!”, escreveu no X, antigo Twitter.
O líder da bancada do PL não foi o único a se posicionar ao lado do sacerdote, defendido ainda pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Dias antes de Engler propor a cidadania honorária à ALMG, o deputado estadual Thiago Gagliasso (PL-RJ) apresentou à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma proposta para agraciar Frei Gilson com a Medalha Tiradentes.
A honraria é a maior concedida pelo Legislativo fluminense.
Assinada por outros 39 deputados estaduais, a concessão do título de cidadão honorário de Minas Gerais a Frei Gilson, que é natural de São Paulo, será analisada agora pela Mesa Diretora da ALMG.
Caso o relator, que ainda vai ser designado, dê parecer favorável, a proposta vai ao plenário, em turno único, para ser analisada.