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Governo Lula ameaçou tirar verbas e cargos de quem pediu urgência para anistia, diz líder do PL



Fontes do Palácio do Planalto confirmaram ter procurado aliados dos deputados para pedir retirada.


Publicado em Abril 15, 2025 por Redação Pontal

O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), acusou o governo de ameaçar com o corte de verbas e cargos os deputados que assinaram o requerimento de urgência para levar ao plenário o projeto que anistia os envolvidos nos ataques golpistas do 8 de janeiro.

Fontes do Palácio do Planalto confirmaram que de fato mandaram recados aos parlamentares que subscreveram o texto por meio de aliados e intermediários, mas negam que as conversas tenham sido em tom de ameaça.

Em conversa com a equipe da coluna, Cavalcante afirmou ter decidido protocolar o projeto rapidamente depois de ter recebido ligações de três deputados que cogitavam retirar as assinaturas por terem sido ameaçados.

De acordo com Sóstenes, um dos parlamentares alegou que tinha uma emenda de R$ 25 milhões pendente de liberação ligada a programas de saúde que não podia perder.

Integrantes do governo Lula com quem conversei disseram que houve uma abordagem por meio de outras pessoas, a quem foi lembrado que o governo em breve “revisaria” os cargos para melhorar a relação com a base – e que não faria sentido contemplar quem não vota do o governo.

Cavalcante protocolou o requerimento de urgência na manhã desta segunda (14) com as assinaturas de 262 dos 513 deputados. Ao final, apenas uma deputada, Helena de Lima (MDB-RR) retirou seu nome.

Depois disso, Sóstenes fez um post no X dizendo ter protocolado o requerimento de urgência antes do previsto (ele queria atingir mais de 300 assinaturas) “diante da pressão covarde do governo”.

O regimento da Câmara diz que, uma vez que o requerimento é protocolado, não se pode mais retirar e nem colocar novas assinaturas – a menos que metade mais um dos deputados, ou seja, 132, peçam que ele seja tornado sem efeito.

Agora vai depender de Hugo Motta (Republicanos-PB) colocar ou não o projeto em votação, já que há uma fila com mais de 1,1 mil pedidos de urgência para diversos outros assuntos, e cabe ao presidente da Câmara decidir quais terão prioridade.



Reprodução   /    Redação