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Grupo suspeito de movimentar mais de R$ 5 bilhões com tráfico é alvo de operação em MG

Investigados movimentaram quantias bilionárias, possivelmente oriundas do tráfico internacional de drogas.


Publicado em Julho 3, 2024 por Michel Nascimento

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão e prisão preventiva, nesta terça-feira (2 de julho), contra suspeitos de movimentar mais de R$ 5 bilhões com o tráfico de drogas. A ação mira alvos em Minas e em outros seis estados do país.

Segundo a PF, ao todo são cumpridos 80 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens no valor de 2,5 bilhões de reais, além do bloqueio de contas bancárias. A ação mira endereços em Minas, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás.

Conforme as investigações, o grupo criminoso agia por meio de uma complexa teia de empresas de fachada e operações bancárias atípicas, com a finalidade de lavar o capital obtido com o tráfico internacional de drogas.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte (MG) a pedido do Ministério Público Federal (MPF), por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).

Esquema

As investigações, segundo a PF, revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com envolvimento com conhecida facção criminosa.
Um narcotraficante internacional, além de pessoas associadas a ele, faziam parte de uma rede que cometia diversos delitos, visando principalmente ocultar e dissimular o patrimônio proveniente da prática de inúmeros crimes, dentre os quais o tráfico internacional de drogas.
O homem já teria sido, inclusive, investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que o investigado enviava cocaína para as Américas do Sul e Central para violentos Cartéis Mexicanos.

Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema CAGED, e adquiriam por meio dessas empresas imóveis e veículos de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social. Os sócios das empresas geralmente não possuíam vínculos empregatícios há anos, alguns até receberam auxílio emergencial.

A PF apurou ainda que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.

Estima-se que o montante dos valores ilegalmente movimentados pela organização criminosa atinge a quantia de mais de R$ 5 bilhões no período de pouco mais de 5 anos.



Reprodução   /    Redação