Lula diz que tomará medidas mais drásticas caso não encontre motivo para alta no preço dos alimentos
Presidente participou em Campo do Meio, no Sul de Minas, de vista ao assentamento Quilombo Campo Grande, do MST.
O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (7 de março) que tomará medidas mais drásticas caso não encontre um motivo para a alta no preço dos alimentos. Nesta quinta-feira (6 de março), o governo zerou as tarifas de importação de produtos como carne, café e açúcar. “Quero encontrar uma explicação para o ovo. Tá saindo do controle. Uns dizem que é o calor, outros que é a exportação”, disse.
A declaração foi dada durante visita na manhã desta sexta-feira (7 de março) ao assentamento Quilombo Campo Grande, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), no Complexo Ariadnópolis em Campo do Meio, município da região Sul de Minas Gerais a 300 quilômetros de Belo Horizonte.
O presidente disse não estar interessado em brigar com ninguém. “Estamos querendo entender o que está acontecendo, mas se não der, teremos que adotar medidas mais drásticas”, afirmou.
Lula mencionou a atuação de possíveis intermediários entre os produtores e os supermercados. “Tem atravessadores. Tem muita gente que mete o dedo no meio”, declarou.
Lula citou produtos cujos preços estão altos. “O preço do café tá muito caro para o consumidor. O preço do ovo tá muito caro. O preço do milho tá caro, e nós estamos tentando encontrar uma solução. O que interesse é levar comida barata para o povo brasileiro.
E a gente também quer um preço justo para o produtor. O produtor também tem direito de ganhar dinheiro. A gente não quer que o produtor tenha prejuízo”, pontou.
“Estamos fazendo um esforço muito grande para encontrar uma solução, porque eu tenho certeza que nesse país todo mundo tem interesse que o povo possa comer bem.
Ter comida de qualidade, comida saudável, comida de preferência orgânica para que a gente possa ter mais qualidade de vida”, acrescentou.
No ato, o presidente Lula assinou decretos de interesse social de sete áreas para serem utilizadas na reforma agrária no país, inclusive um de terrenos no Complexo Ariadnópolis.
Ao todo serão 13.307 hectares com investimentos de R$ 189 milhões que atenderão, segundo o governo, 800 famílias. As outras áreas ficam no Pará, São Paulo, Paraná e Cruz Alta.