Morte de idosos por gripe dispara e aumenta 375% em Minas
Casos de doenças respiratórias são 4,6% maiores ante 2022.
No Brasil, o inverno começa oficialmente em 20 de junho, mas as baixas temperaturas que atingem diversas cidades de Minas Gerais desde o fim de abril já acendem o alerta para as síndromes respiratórias.
Neste ano, até 7 de maio, o Estado contabilizou 29.723 internações causadas por enfermidades como pneumonia, gripe, sinusite, Covid, entre outras, o que levou o governador Romeu Zema (Novo) a decretar situação de emergência em saúde pública, válida por 180 dias.
A situação é grave, já que a doença pode evoluir para óbitos, principalmente entre os idosos.
Em Minas, no ano passado, dos 370 hospitalizados com mais de 60 anos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – causada pelo influenza, o vírus da gripe –, 76 morreram, quase um a cada cinco casos
Outro dado alarmante sobre a doença especialmente nessa faixa etária é que o número de mortes por gripe cresceu muito de 2023 para 2024: em BH, a alta foi de 450%.
Houve elevação também no Estado, de 375%; e no Brasil, de 179%.
Motivações. Esse cenário é reflexo da adesão aquém do necessário da população à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, segundo o infectologista Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Essa baixa procura ocorre muito por conta dos ‘negacionistas de plantão’, que disseminam falsas notícias (sobre a segurança e eficácia da vacina)”, disse.