A Policia Civil de Ituiutaba, por meio de delegacia especializada em crimes contra o patrimônio e homicídios, com apoio da Delegacia Regional de Uberlândia, cumpriu na data de ontem em uma Universidade na cidade de Uberlândia/MG um Mandado de Prisão contra a autora K.W.R.M de 23 anos. A investigada estava foragida desde o dia 03 de março de 2023 e respondia inquérito policial pelo crime de STALKING.
Segundo o delegado Rafael Faria, o crime consiste em perseguir alguém, de forma reiterada, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. O inquérito policial foi concluído e a investigada denunciada pelo Ministério Público pelos crimes de stalking, descumprimento de medidas protetivas e até mesmo roubo.
A autora era paciente da vítima, o qual é médico em Ituiutaba desde o ano de 2019 e desde então começou a perseguir a vítima, desenvolvendo pelo médico uma espécie de amor de transferência, que é quando o paciente cria afeição por seu médico, sentimento este que não foi correspondido sendo que o médico por este motivo afastou a autora do seu quadro de pacientes, e a partir deste momento as perseguições e ameaças se agravaram e chegaram até a Polícia Civil para providências. A autora diuturnamente e ininterruptamente mandava mensagens e realizada ligações para o médico além de perseguir osmembros de sua família chegando a causar transtorno psicológico aos envolvidos. E mesmo estando foragida nunca parou de perseguir, ligar e mandar mensagens para as vítimas.
No total, o médico e sua esposa registraram certa de 30 (trinta) Boletins de Ocorrência, dentre eles de Ameaça, Perturbação do Sossego e Trabalho, Lesão Corporal, Extorsão e Roubo, sendo que o Mandado de Prisão em questão é referente a este último crime, quando a autoraem companhia de sua avó, mediante violência, subtraiu a aparelho celular da esposa do médico nas dependências da clínica que ele trabalha quando a autora realizava uma de suas investidas contra ele.
A autora já havia sido presa em flagrante em duas outras oportunidades pelos crimes de Ameaça, Extorsão e Furto qualificado, mas a justiça realizou a soltura da investigada no dia subsequente mediante a imposição de medidas cautelares que restringia que ela chegasse próximo das vítimas ou manteasse contato com elas, fato este que não foi cumprido. A autora também realizou acordos com a justiça os quais também foram desrespeitados. Diante dos fatos a Polícia Civil de Ituiutaba concluiu as investigações remetendo os Inquéritos ao Ministério Público e ao poder Judiciário. O MP por sua vez denunciou a autora por Roubo, Stalking, roubo e Descumprimento de Medida Protetiva.
A Polícia Civil de Ituiutaba, por meio da delegacia especializada em crimes contra o patrimônio e homicídios,monitorava a movimentação da autora que se encontrava foragida e após incessante trabalho de investigação conseguiu a informação que a foragida estava matriculada no curso de Nutrição em uma renomada instituição de ensino superior na cidade de Uberlândia. Diante das informações foi montada uma operação por parte da Delegacia de Homicídios de Uberlândia a qual realizou a captura da foragida e com ela foram encontrados e apreendidos dois aparelhos celulares, sendo ela encaminhada para a Delegacia de Plantão de Uberlândia para cumprimento do Mandado de Prisão que constava em aberto e posteriormente encaminhada para a ala feminina da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga em Uberlândia onde ficará à disposição da justiça.
O delegado Rafael Faria ressalta o excelente trabalho da equipe que compõe a especializada, pois desde que receberam a missão de prender a investigada a todo momento tentava localizá-la. Os investigadores descobriram o local onde a investigada estudava, o curso, os horários até ser surpreendida pela equipe da polícia civil de Uberlândia nas dependências da instituição de ensino.
O delegado finaliza dizendo que “a polícia civil de Ituiutaba está extremamente dedicada a ajudar as vítimas de crimes que, nesse caso, não dormiam e não trabalhavam direito. Na verdade não tinham paz. Ficamos felizes pelo suporte dado às vítimas que, agora, vão dormir tranquilamente”.