Suspenso, programa de antecipação de benefícios do INSS se soma aos impasses do governo Lula
Vinculado à empresa dos irmão Batista, ‘Meu INSS Vale+’ se soma aos descontos irregulares em mensalidades e a suspeitas no crédito consignado.
O programa “Meu INSS Vale+” é mais uma frente de desgaste do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no momento em que o escândalo dos desvios em mensalidades de aposentados e pensionistas vai ganhando novos desdobramentos políticos e judiciais.
Lançada em novembro de 2024, a iniciativa permitia aos segurados antecipar parte de seus benefícios mensais para gastos como saúde e produtos básicos.
No dia 7 de maio, o programa foi suspenso, de forma cautelar, pelo novo presidente do INSS (Instituto Nacional do Serviço Social), Gilberto Waller Júnior, devido a supostas cobranças feitas pelo PicPay.
A empresa, pertencente aos irmãos Wesley e Joesley Batista, do grupo J&F, fazia a operação dos pagamentos.
O problema se soma, ainda, ao bloqueio de descontos no empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do instituto, após a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) terem apontado indícios de irregularidades.
O valor alcança R$ 6,3 bilhões, mas o total irregular não está definido.
O Meu INSS Vale+ consistia na antecipação, inicialmente, de até R$ 150 do benefício, com desconto do mesmo valor na mensalidade do mês seguinte.
O objetivo é evitar que o beneficiário recorresse a empréstimos para cobrir despesas como remédios, alimentação, gás e transporte.
O dinheiro seria disponibilizado em um cartão batizado com o nome do programa.